Mittwoch, 24. Juni 2009

Do not be afraid of going slowly
Be afraid only of standing still

Provérbio chines

Vou ali e já venho

Pois nao é que existe uma localidade perto de Roterdao de seu nome Poortugaal? Nós andámos mesmo por todo o lado...

Dienstag, 23. Juni 2009

What are you doing?

Pensei em conduzir uma experiencia facebookiana na rua e pegar num letreiro para anunciar o meu status.
Em busca de inspiracao e com muito juízo de valor (chamem-me arrogante, mas nao tenho muitos espelhos em casa!), fiz uma seleccao dos Best Of de "What's on your mind" do dia de hoje:

A minha amiga A. "wants to solve the curious case of the umbrella".
A minha amiga D. "
fears there might be a rendezvous with the porcelain bus on Saturday morning."
A minha amiga W. "ate so much today that she had problems getting her work clothes off this evening."
A minha amiga M. "is wondering why sleep is so so difficult to get...", uma hora antes "survived Monday. Amazingly." e no início do mesmo dia "is wondering how it can be Monday? Only 5 more workdays until the weekend!"

Best of: A minha amiga L. "thinks it is time to have a toast with cheese".

Quao vazio seria este planeta sem estas contribuicoes fundamentais.
Será que alguém se interessa pela sanduiche na zona comercial de Essen?

Montag, 22. Juni 2009

Murphy's Law and Zee Germans

Sábado, duas da tarde. Tinha conseguido levantar o rabo do sofá para ir mandar umas bracadas à piscina recém-restaurada da zona onde vivo. Movimentei-me ao meu ritmo, sem pressas nem pressoes alheias, consegui superar os objectivos (em metros) aos que me tinha proposto. Afinal, nao me estava minimamente a apetecer sofrer mais stress num lindo dia de sol, ainda para mais sábado, o meu dia da semana favorito. Saí, despreocupada, do recinto, inspirei o ar fresco da rua, deixei envolver-me pelos raios do astro-rei, os quais tem andado bastante sumidos nos últimos tempos. Ao percorrer mentalmente o caminho para casa, pensei em escolher um atalho para encurtar. Nao sou de poupar o último litro de gasóleo, o único fim era mesmo procurar consolo no gargalo de uma garrafa de água. Enfio-me por uma estrada de um sentido. Espanto: Afinal as regras (pasme-se, ainda estamos na Alemanha???) tinham deixado de fazer sentido devido a uma festividade de rua, a qual sucede todos os anos no mesmo local. As autoridades ainda nao tiveram vontade, paciencia ou interesse em organizar os trajectos de uma forma menos incomodativa para quem tenha que andar de carro (foi nessa altura que pensei em finalmente comprar uma bicicleta!!). Em resultado de um enorme caos automobilístico, tive euzinha que andar de marcha-atrás, eu que detesto o meu carro por nao lhe conseguir avaliar os limites (problema da malta minorca)... PIMBAS, bati num carro estacionado com o espelho lateral. Pensei para comigo e Andrew Bird: "Entao tens que chamar a polícia!". "Porra, deixei o telemóvel em casa!". "Ah, e livrete do carro também!". "Uups, em nenhum documento se pode ver onde moro!". Isto numa fraccao de 3 segundos. Desvairada, decidi abandonar o local, sem saber muito bem o que fazer. O meu sentido moral chamou-me à razao e decidi estacionar o carro de forma a verificar o estado do meu espelho, esse que mais parecia um membro descabecado. Tinha que pedir auxílio a alguém, eu, a miúda que cultiva a mania da auto-suficiencia (com excepcao das situacoes em que tenho que abrir uma garrafa de cerveja com um isqueiro). Pois que, ao encaminhar-me para o automóvel sinistrado, me pára um carro a meio caminho. Duas caras de lua-cheia, luzidias de tanto óleo de salsicha, mas muito bonacheironas, me colocam em estado de sobreaviso. "Olhe que é melhor voltar ao local do acidente, já houve um cidadao que lhe tirou a matrícula e já estava a chamar a polícia." Eu retorqui. "Ah, obrigada, mas já estou a caminho...". A preocupacao deles: "Olhe que perde a sua carta de conducao se nao voltar lá!". "Sim, sim, obrigadíssima, mas... ". "Mas olhe que ele já ligou para a esquadra!", balbuciavam os dois, quase em panico por mim. Nao percebi até hoje porque razao estavam tao consternados com o facto de eu, até entao condutora em fuga, poder perder a minha carta. Lá calcorreei o passeio, esbaforida de todo, até chegar ao purgatório. Lá fui encontrar o cidadao, alemao e cumpridor da lei, que manifestou um estado de ansiedade, alívio e, ao mesmo tempo, constragimento, que me tinha denunciado. Nao entendi o que mais o interessava, se o bem-estar do dono do carro estacionado, que acabou por sofrer um arranhaozinho do tamanho da minha unhaca do dedo mindinho do pé, ou o fechar o balanco do dia com a sensacao de ter cumprido o que manda a lei. Os que conhecem alemaes que escolham...

Tiny people


Ontem conheci por intermédio da TV um artista britanico de seu nome Slinkachu. Adorei a ideia, da próxima vez que passar por Londres olharei por onde piso, eventualmente encontrarei universos minúsculos de que alguém faz uso para transpor imagens sonhadas.

Foto: Slinkachu tirada daqui

Global warming


Foto daqui

Donnerstag, 11. Juni 2009

Gourmetarias

Em tempos de programas de culinária na TV em número record, nunca as pessoas comeram tao mal.

Milionarios da Blogosfera, uni-vos!

A Al-Qaida está a precisar de doacoes.

Mittwoch, 10. Juni 2009

Está cá tudo!



O Oriente.
Kanun.
Oud.
Nay.
Darbuka.

O Ocidente.
Batidas de DJ.
Guitarras à Gipsy Kings.

Importantíssimo - Parte III

Já nao lavo a casa-de-banho há uma semana.

Importantíssimo - Parte II

Já fizeste a cama?

Importantíssimo - Parte I

O pao está bem cozido?

Sub-desenvolvimentos

Hoje, ao ver um anúncio publicitário na TV a uma marca topo de gama de tampoes, os quais, com tanto progresso produtivo, já devem ir na quinta geracao, tal qual como as laminas de barbear ou os detergentes para a máquina da louca, nao pude deixar de me lembrar que o maior desafio em Istambul é mesmo o de conseguir encontrar os famosos tapa-fluxo num qualquer supermercado perto de si. Esquece. Nao os há.

PS: A saber, o nome OB quer dizer "Ohne Binde", traduzido para o portugues, SP, "Sem Penso". Achei piada...

Sonntag, 7. Juni 2009

Estou mais velha

Fui exercer o direito de voto na minha cidade de origem. As eleições decorrem na minha escola primária. Invariavelmente se trata de um verdadeiro festival de reencontros. Muitos dos meus conterrâneos escolhem essas ocasiões para vir à terra. Acho engraçado esta ligação perene ao berço. Muitas dessas pessoas, que conheço desde que tenho consciência de mim própria, habitam noutras cidades e, porém, ainda continuam recenseadas na cidade que as viu crescer. Vejo-o como uma negação latente ao crescimento e ao envelhecimento.
Até hoje nunca me tinha apercebido que os meus pais, que me acompanharam às urnas desde a minha primeira vez, iam sempre votar a uma salinha que ficava na ala direita do edifício. Isto porque cada compartimento está dividido em números de eleitor. Eu ia sempre para a última sala à esquerda, ou seja, fazia parte dos eleitores mais tenrinhos, os mais recentes.
Hoje fui votar à segunda sala da esquerda, ou seja, passei de nova a intermédia. Quando chegar a altura de votar na última sala à direita, saberei que muito tempo terá passado.

Samstag, 6. Juni 2009

1, 2, 3, ...

BPP.
BPN.
BCP.
Freeport.

Perdi a conta em relação à quantidade de escândalos financeiro-políticos dos quais se relata em Portugal. Corrupção é palavra de ordem. Inclusivamente o Presidente da República veio à TV justificar investimentos pessoais. Num clima de desconfiança que se gerou, a começar pela integridade da classe política e a terminar nos high performers (gestores bancários ou de clubes de futebol), não admira que a população opte por uma estratégia mental do "Salve-se quem puder". Se instituições de respeito não o impõem de forma a constituir o exemplo sociológico que deveriam assumir, quer sejam pessoas jurídicas ou privadas, não há razão para o Zé Povinho o fazer. Questão de princípios? Se não conseguir pagar menos impostos ou colocar o meu dinheiro a render nas Ilhas Caimão, de que me servem os princípios?

Figuras de inspiração, dignas e sem cadastro, tornaram-se tão raras como mercearias.

Donnerstag, 4. Juni 2009

You are dangerous!

O último post da Sinapse fez-me lembrar um pouco a Austrália. Estás a caminhar placidamente na praia e ouves constantemente a voz conselheira do guia local: "Estás a ver esta alforreca de manchas azuis (a denominada bluebottle)? Very cute, do not touch it! Esse peixinho redondo e inchado muito engracado que ves no areal possui uns picos na pele que, ao serem tocados, mesmo ao de leve, libertam um veneno que causa uma comichao insuportável. Do not touch it. E se avistares um polvo muito interessante de cor lilás, do what you do, DO NOT TOUCH IT or you will be in coma within 30 minutes". Tudo isto me causou uma sensacao de inquietacao constante. Olhava para o mar e punha-me a imaginar a quantidade de tubaroes que nos estavam a mirar e a cobicar para o almoco. Apesar de saber que nao sao animais carnívoros, nao consegui controlar as emocoes. Com tantos avisos e perigos quase iminentes, perdi a capacidade racional ao aperceber-me que tinha surgido uma irritacao cutanea na minha perna direita, assim, do nada. Fiquei em panico. As opinioes dos entendidos nao me deixaram acalmar pois o aspecto da minha so called alergia puxava para o de uma teia-de-aranha composta por veias inchadas. Sem comichao. Muito estranho, opinavam eles. Arrastei o grupo à farmácia para me apoiar psicologicamente e me acompanhar no que podiam ser as últimas horas de consciencia. Já tinha passado algum tempo desde a descoberta da alergia. Um dos nossos amigos australianos sai-se com o seguinte comentário: "O melhor das espécies perigosas da Austrália é as suas previsibilidade e infalibilidade. Se tivesses sido mesmo atacada por uma alforreca ou um polvo ou um insecto ou uma cobra muito venenosos, estarias já em coma. O facto de ainda te encontrares consciente é muito bom sinal".
Nao me senti muito reconfortada.
Passadas horas e dois anti-inflamatórios recomendados pela farmaceutica, a alergia passou a invisível. Até hoje nao sei o que aconteceu. Mas ainda estou consciente, dois meses volvidos, por isso já estou mais descansada.

Frase da semana

“What information consumes is rather obvious: It consumes the attention of its recipients. Hence a wealth of information creates a poverty of attention, and a need to allocate that attention efficiently among the overabundance of information sources that might consume it.”

Herbert A. Simon