Sonntag, 4. Januar 2009

Sociedade protectora dos caninos

Gosto de caes, acho interessante a sua dedicacao, o seu sentido apurado do perigo, a sua capacidade de memória (ou será instinto?), a sua abilidade em captar rotinas. Nao acho tanta piada à sua dependencia, ao seu cheiro, principalmente após um passeio sob chuva, às poitas nos passeios (mais culpa da falta de civismo dos donos em si), mas como ninguém me obriga a ter um, nao me importo que os outros os possuam. Agora digam-me uma coisa: Nao terá um cao os mesmos direitos no que toca a transportes públicos que as pessoas, utentes humanos?
Aqui há dias passou uma pequena notícia no Jornal das 8 sobre a dona de um destes seres de quatro patas, de seu nome Leo, ambos passageiros frequentes da Deutsche Bahn (os caminhos-de-ferro germanicos). O cao paga metade de um bilhete, o mesmo que uma crianca, apesar de nao ocupar nenhum lugar sentado e ainda fazer o favor de limpar o chao. A dona decidiu tirar um passe para o Leo, de forma a tornar a coisa menos onerosa, enviando o formulário para Berlin, com uma foto muito apelativa e simpática do mesmo. A empresa decidiu nao aceitar o pedido pois o privilégio do passe está atribuído exclusivamente a humanos. Em resposta aos protestos da dona, a DB retorquiu que nao teria qualquer sentido um cao possuir um passe pois cada utente com passe recebe constantemente material publicitário enviado ao domicílio, absolutamente inadequado para um cao. Em acréscimo, o facto de o cao ser detentor de um passe conferir-lhe-ia igualmente o direito a coleccionar pontos de fidelidade, os quais o cao nao poderia trocar. "Quem disse que nao?", respondeu a dona, indignada, "Os pontos dariam para uma salsicha no bar do comboio, nao acha?".
Fim da reportagem.

1 Kommentar:

Unknown hat gesagt…

Eu também adoro cães e partilho da indignação da senhora lesada. ;-)