Viva o self-service!
Tudo comecou com o desaparecimento das lojas de conveniencia, nas quais a D. Maria nos fornecia um atendimento muito personalizado (os clientes mais habituais até eram tratados pelo último nome, sinal de aproximacao). E porque? As grandes superfícies invadem os terrenos baldios, há anos sem uso ou abuso. Nao querendo entrar na discussao comércio tradicional versus hipermercados, há um pormenor de singela importancia que constitui uma diferenca crucial: No território da D. Maria nao havia carrinhos a moeda, o quilo de feijao era-nos trazido ao balcao e medido à nossa frente. Na altura pagava-se pelo produto e pelo servico, hoje pelo ambiente.
Um último sinal de modernidade, a substituicao de pessoas na caixa por consumidores a gesticular com máquinas falantes. Hoje somos nós mesmos responsáveis pelo processo completo: Escrever a lista de compras, empurrar o carrinho, scannerizar o código de barras, colocar as compras no saco, pagar, carregar. O fim do luxo. O fim da conversa.
O mesmo no que toca a levantamento de dinheiro (o que aconteceu aos funcionários da CGD de balcao?), à marcacao de viagens (nao me lembro da última vez numa agencia de viagens), ao check-in automático, ao abastecimento de gasolina, à lavagem de automóveis, à compra de uns bilhetes para um concerto ou mesmo o levantamento dos tabuleiros numa cadeia de fast-food?
Fica a ilusao de que somos donos do nosso próprio nariz, quando no fundo auxiliamos as empresas a reduzir a mao-de-obra necessária.
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