Fui exercer o direito de voto na minha cidade de origem. As eleições decorrem na minha escola primária. Invariavelmente se trata de um verdadeiro festival de reencontros. Muitos dos meus conterrâneos escolhem essas ocasiões para vir à terra. Acho engraçado esta ligação perene ao berço. Muitas dessas pessoas, que conheço desde que tenho consciência de mim própria, habitam noutras cidades e, porém, ainda continuam recenseadas na cidade que as viu crescer. Vejo-o como uma negação latente ao crescimento e ao envelhecimento.
Até hoje nunca me tinha apercebido que os meus pais, que me acompanharam às urnas desde a minha primeira vez, iam sempre votar a uma salinha que ficava na ala direita do edifício. Isto porque cada compartimento está dividido em números de eleitor. Eu ia sempre para a última sala à esquerda, ou seja, fazia parte dos eleitores mais tenrinhos, os mais recentes.
Hoje fui votar à segunda sala da esquerda, ou seja, passei de nova a intermédia. Quando chegar a altura de votar na última sala à direita, saberei que muito tempo terá passado.
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3 Kommentare:
Adorei este post miúda!
e sabes que votei duas vezes? na Alemanha e em Portugal. Este sistema nao comunica, pá! A mim nao me podem acusar de abstencao!
E depois quê, escolhem um?
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