Mittwoch, 27. August 2008

A consulta aberta

Ontém tive o privilégio de passar pelos bancos de uma chamada "Consulta Aberta". O meu pé desatou a inchar após uma picada de melga portuguesa, muito sadia a melga, mais ainda a alergia que criei. Estou cada vez mais exagerada nas minhas reacções cutâneas, isto deve ser da idade. Como o efeito não passava, tomei a decisão de ir até ao hospital. Fiquei à espera durante 30 minutos que a pessoa que atendia me passasse cartão. Foi mais importante para o desempenho do seu trabalho trocar cinco dedos de conversa com os pacientes que já estavam a ser atendidos, de forma a ficar a par da quantidade de irmãos que a pessoa em questão tinha. Senti-me logo muito lisonjeada. Após esse tempo ter passado, eu com jantar marcado e a pele anteriormente torcida por uma hidromassagem Thalasso muito relaxante, estava eu uma pilha de nervos, estado que me anulou a calma quase por completo. A tal senhora regressou ao seu posto de trabalho, muito baralhada, deduzindo que afinal já me tinha atendido, ou se calhar não, mas eu tinha ido embora, não foi? Imagino que as informaçãos em relação ao espectro familiar da outra pessoa tenham ocupado o seu espaço cerebral da memória. Lá iniciou o meu processo. Ao questionar a minha morada alemã, dirigiu-se a mim com um "TU" característico de uma amiga de infância. Não sei se o caso será para elogios (enfim, aparenterei uma idade tenra, desejo pressupor) ou mais para choros, tal a falta de formação, afinal nós não andámos na escola nem fomos para a noite juntas. Algum tempo volvido (mais uns 15 minutos), entrei. A primeira coisa que a médica fez foi voltar as atenções para o marido de uma paciente, que já estava a soro, com a curiosidade laboral de uma especialista, afinal ela tinha de estar ao corrente de tudo o que ocorria na unidade hospitalar. Eu que esperasse, afinal já lá estava há tanto tempo. Segundo comentário: Nunca mais chega a meia-noite, já estou aqui desde as oito da manhã.
Fiquei então a saber que estava a ser assistida por um profissional com 12 horas de hospital no coiro e mais 4 para vir. Não aumentou muito a minha confiança na infra-estrutura de saúde.
Levei uma injeção numa veia que me rebentaram, mas recebi umas festas amáveis e carinhosas no braço condoído e fiquei a saber que o vestido que trazia tinha um padrão que já se tinha usado havia 30 anos.
Foram as impressões que decidi partilhar neste blog.

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