Na semana passada deu-me um grande vaipe e decidi a meio da noite (às 22:30, sim, meio da noite, que isto aqui escurece já a partir das quatro do pomeeeeeriggio) meter-me no carro e ir ao cinema, sessao tardia, após ter feito uma paragem muito pouco obrigatória na bomba do King, Burger King. Há que tempos que andava sequiosa de umas fritli, como diriam os suicos.
Chego ao grande espaco que é hoje em dia a sala de cinema (uma pessoa nao sente individualidade nenhuma a nao ser que...*) e ponho-me a perscrutar o cartaz. Tudo uma m***a de mainstream. Eis que nao é que deparo com Vicky Cristina Barcelona, realizado pelo provavelmente mais ilustre habitante de Manhattan, com excepcao obviamente da Sinapse. Ponho-me na fila, a noite ia longa, a fila ainda mais. Chego ao guichet e a vendedora pergunta quantos bilhetes.
Eu - "Uma entrada para VCB".
Ela - "Quantos bilhetes?"
Eu - "Um."
Ela - "Estará sozinha na sala, ou nao?"
Eu (sem muitas certezas sobre o significado da pergunta) - "Como assim, sozinha?"
Ela - "É só mesmo uma entrada?"
Eu - "Sim..."
Ela - "Ah... (pausa) *Sabe que estará sozinha sem companhia?"
Eu - "Tal nao me incomoda..." (já comiserada)
Ela - "Ah, isso passa, a situacao de certeza que se altera e muito provavelmente haverá alguém a juntar-se a si!!"
(eu pensei: será ela a ter pena de mim??)
Eu - "Obrigada."
Pobres dos singles e sem amigos para uma sessao improvisada de cinema às 10 e meia da noite. Até a vendedora tem pena...
Afinal ela tinha razao, houve mais UM espectador para Woody Allen. O resto da multidao entreteve-se com James "Bonzao" Bond.
PS: O filme é muito giro, cheio de sinais de Allen. Permanecemos curiosos durante o filme inteiro para saber como a história acaba e quem fica com quem. Interessante a interpretacao de Penélope Cruz com um Bardem um pouco repetitivo (propositadamente?) e uma Johansson como sempre, mistura de naivité e sensualidade.
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2 Kommentare:
ADORO ir sozinha ao cinema, principalmente se a sala for pequena e de preferencia vazia. É como ter (no fundo tem-se) um ecran mega gigante só pra nós!
Eu não lhe respondia "obrigada". Dizia algo como "Deus nosso Senhor a oiça...", só para ela - aí sim - ter pena de ti!
Beijocas
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