Dienstag, 3. Februar 2009

Uma ideia é imortal

Estou por casa nestes dias. Nao, nao por causa da neve que assola a Europa (os Londoners ou os Milaneses que o digam), mas por me ter deixado contagiar por um desses vírus igualmente irritantes que aparecem por estas bandas nos tempos invernosos. Nao se espera que seja algo de muito grave, mas que foi objecto de manchete num dos principais jornais semanais, ai isso é que foi. Nestas ocasioes tiro a barriga de misérias (como se dirá isto em alemao? Tenho que criar um dicionário de expressoes portugues-alemao...) e entrego-me ao cinema em casa. Confesso que durante os anos de adolescente nao fui grande cinéfila, por isso ando a recuperar os anos perdidos, coleccionando grandes clássicos como "The Great Dictator", "Manhattan", "Citizen Kane" ou "Harold and Maude". Assim, quando me declaram incapaz de ir trabalhar, dedico-me ao grande pequeno ecra. Passo horas no sofá, regozijando-me com grandes horas de prazer cinematográfico, numa tentativa exaustiva e quase desesperada de absorver o que o mundo tem para oferecer. Acabei de desligar a TV. V de Vendetta. Vinganca de sangue. V, o heroi do momento, cego por sentimentos de reVolta, Vinganca, paVor do presente distópico do futuro, sede de Vitória. Uma miscelanea de Conde de Monte Cristo (um dos meus símbolos da infancia) e Big Brother de 1984, Brazil ou Blade Runner, sem robotica, mas igualmente com muita escuridao. Um filme sobre o poder do poder, o poder do medo, a monstruosidade de um Estado, o Underdog. O que vive uma obessao pessoal e se martiriza em prol da correccao de um mundo que nao pode ser o ideal. Um plano perfeito, elaborado durante vinte anos de comisseracao e desejo de morte. Um filme perturbante - talvez hiperbolizado pelo uso de uma máscara - e quase subversivo, com sabor a Matrix, por várias razoes, e, portanto, deixando um sabor a mais.

QUOTE:
V: But on this most auspicious of nights, permit me then, in lieu of the more commonplace sobriquet, to suggest the character of this dramatis persona.
Voilà! In view, a humble vaudevillian veteran, cast vicariously as both victim and villain by the vicissitudes of Fate. This visage, no mere veneer of vanity, is a vestige of the vox populi, now vacant, vanished. However, this valorous visitation of a by-gone vexation, stands vivified and has vowed to vanquish these venal and virulent vermin van-guarding vice and vouchsafing the violently vicious and voracious violation of volition. [carves V into poster on wall] The only verdict is vengeance; a vendetta, held as a votive, not in vain, for the value and veracity of such shall one day vindicate the vigilant and the virtuous. Verily, this vichyssoise of verbiage veers most verbose, so let me simply add that it's my very good honor to meet you and you may call me V.

4 Kommentare:

ecila hat gesagt…

V for Vendetta, sem dúvida um dos meus preferidos... ainda nao sabia desse virus, as melhoras! :)

Ariadne hat gesagt…

Brigadao, ecila. Estou a vegetar, tantas horas enfiadas em quatro paredes dao para tudo o que fica por fazer durante os dias normais. Até curto, se nao fosse pelo nariz entupido e os ataques mais que esporádicos de tosse!

Mol hat gesagt…

Vê lá se te pões boa depressa miúda... Quero ver se é desta que te revejo!!!

Andorinha hat gesagt…

Não vi...mas acho um bocado psicadélico pros meus gostos...mto forte pra eu usar como distracção enqt tb estou de molho. Solidárias sempre, companheira!