Sonntag, 20. Januar 2008
Sinais da Era do Carvao
Por toda a regiao do Ruhr encontram-se a cada esquina resquícios da industrializacao frenética dos séculos XVIII e XIX, altura em que a exploracao do carvao constituía a maior fonte de rendimento da zona. Até ao ano de 1850 contavam-se com cerca de 300 minas de carvao espalhadas ao longo da que entretanto se tornou a maior aglomeracao populacional da Alemanha, acompanhando a producao de aco e ferro que desempenhou um papel fundamental no período antecedente - e igualmente durante - à Segunda Guerra Mundial, durante o qual empresas como Krupp (hoje ThyssenKrupp) ganharam um grande prestígio, actualmente condenado pelo seu apoio oportunista à estratégia nacional-socialista. A expansao da integracao desta matéria-prima no processo de industrializacao culminou com um total de mais de 3.000 locais de exploracao. Desde a Crise do Carvao de 1958 tem-se assistido a um declínio dessas áreas hoje em muitos casos decrépitas, conduzindo à eliminacao de mais de um milhao de postos de trabalho. Daí a Regiao do Ruhr gozar de uma fama associada à sujidade do carvao e ao desemprego da era pós-crise. Desenganem-se os que julgam nao encontrar verde nestas paragens. Fui levantar o véu destes mitos e encontrei uma velha mina, abandonada numa floresta que requer o poder de marchar sobre pedras e muros, acentuando os sinais do tempo e da hegemonia da natureza sobre o que aparentemente já nao interessa à humanidade.
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